quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Ócio


Dormir faz muito bem. Hoje eu dormi. Dormi muito. Experimentei ficar deitado assistindo Sakura CardCaptors, depois de terminar As Crônicas de Nárnia, mas o sono foi mais forte... Dormi das quatro às seis e quarenta. Enquanto o resto do dia foi o mais comum possível... Um sentimento de ócio... Até pecado pronunciar. Vi bailarinas, dançarinas, coisas lindas, tão leves que contagiam, plumas no ar girando, girando, deixam tonto e fazem dormir.
                Fora essa sonolência toda, escutei hoje, e escuto agora, Siete Camiños, Rosa de Saron. É bem diferente e arrepiante ouvi-los cantar noutras línguas. Fiquei feliz e reflexivo por ouvir de novo músicas tão fortes, tanto no ritmo quanto nas letras. Ouço com outros ouvidos, me parecem mais profundos, mais agudos no que diz respeito ou toque no sentimento que desconheço, mesmo que o sinta.
São horas em que eu queria um abraço, de não sei quem, não sei como. Ontem convidei o Hayran para ir ao cinema comigo e ele deixou escapulir um “por que você não convida a...” Depois que ela me deixou uma melancolia me tomou intensamente, fica sempre faltando uma presença. Nesse exato momento, enquanto escrevo procuro alguém para conversar e[...] de repente, é sério, de repente, enquanto escrevia a última frase antes dos colchetes, aparece aqui em casa um amigo com um cartão de Natal e um abraço. Agora, sinceramente, senti vontade de mudar o título do post, mas não posso. Essa visita inesperada me reavivou, bem como as músicas do Rosa, que alias muita coincidentemente é a banda favorita desse amigo que me visitara.
Meu Deus é perfeito. Não consigo entender essas loucas coincidências da vida, principalmente num momento tão ocioso das minhas férias, o Natal à porta, do jeito que estou na situação que estou... Vou fazer o que eu mesmo disse e aprendi da Virgem: vou guardar tudo no coração. Eu sempre terei mais uma chance, sempre poderei vencer a meus próprios defeitos, apesar de ainda me ver como um brinquedo torto.
O amigo que veio me visitar entra ano que vem no seminário. Rezo por ele. E eu, onde fico nesta história? Vejo cada capitulo da vida passar e perguntas permanecem, permanecem me atormentando. Minha liberdade não será ferida, mas quero que seja feio em mim o que for melhor, a vontade daquele que é.
Diário de férias #4
Luciano Tiago Beserra da Silva
Castanhal, 21 de dezembro de 2011

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